quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A maior tragédia natural da história de Cuiabá

   Dia 18 de março de 1974. A data não traz boas lembranças na memória de milhares de cuiabanos. Naquele dia, o rio Cuiabá atingiu 10,87 metros depois de fortes chuvas que desabaram sobre a capital mato-grossense. A água do rio alagou ruas e avenidas, invadiu casas e deixou 24 mil pessoas desabrigadas de acordo com dados da Defesa Civil Estadual. A situação foi de calamidade pública em Cuiabá, Várzea Grande e outros seis municípios ribeirinhos abastecidos pelo rio Cuiabá. Ao contrário do que muitos pensam, a construção da barragem de

Manso anos depois não acabou com o risco de uma nova enchente. É verdade que permitiu um controle maior da vazão de água do rio, mas o risco de um novo alagamento, uma enchente tão intensa quanto aquela de 37 anos atrás não está descartada. É o que garantem especialistas no assunto.
Quem cruza hoje as pontes Júlio Müller, Maria Elisa Bocaiúva (Ponte Nova) ou Sérgio Motta, não imagina que as águas do rio Cuiabá chegaram a níveis tão altos e até transbordaram. Hoje o nível do rio está controlado.

   Naquele dia 18 de março, por volta de 17h, as águas do rio subiram como nunca visto anteriormente. Na verdade, sim, muitos cuiabanos já haviam visto uma enchente de proporções semelhantes à que estava para ocorrer. Em 1942 o nível do rio também subiu rapidamente, mas na década de 1940 não havia tantas moradias nas áreas de risco. Por isso, a enchente de 1974 é considerada a maior devido aos estragos causados. Casas construídas nas proximidades do rio Cuiabá foram derrubadas pela força das águas. As que ficaram em pé foram invadidas pelas águas barrentas que desciam do rio.

   A força da água foi tão grande que inundou e fez desaparecer até alguns bairros ribeirinhos como Barcelos, Várzea Ana Poupino e o bairro Terceiro. Foi após a enchente que o governo do Estado auxiliou as famílias desabrigadas a retomarem suas vidas em outro local, que hoje é conhecido como 'Novo Terceiro', em referência ao antigo bairro inundado na enchente. Na região de Bonsucesso, em Várzea Grande, as casas de barro vieram ao chão. Por este motivo hoje não são vistas muitas casas na região com mais de 37 anos de existência.

   Naquela época, lembra o jornalista e pesquisador Pedro Rocha Jucá, o então governador José Fontanillas Fragelli decretou estado de calamidade pública na região banhada pelo rio Cuiabá e seus afluentes. Ele também decretara a proibição da saída de alimentos da área afetada pela enchente com receio de que a região ficasse desabastecida.



 "Me lembro sim [da enchente]. A água chegou até a ponte, invadiu a avenida XV de Novembro. A enchente durou mais de uma semana, quase 15 dias", recordou a ex-primeira-dama Maria de Lourdes Fragelli,
esposa de José Fragelli. Atualmente, o casal Fragelli mora em Aquidauana (MS).


Agora, vamos tomar conta do nosso lixo pra que isso não aconteça mais em Cuiabá!!


Fonte: Rmt Online

Um comentário:

  1. As chuvas intermitentes que resultaram na enchente, que puseram fim aos bairros Terceiro de Dentro e Terceiro de Fora, duraram oito dias. De 08 a 19 de março de 1974.

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